Namastê amigos!
"No mês de fevereiro, a filosofia Hindu
celebra o Mahashivratri, festival sagrado em homenagem ao deus Shiva.
Considerado o grande arquétipo da transformação do universo e destruição
do ego humano, Shiva compõe a chamada Trimurti (ou trindade) de deuses
que simbolizam as virtudes e energias de Brahman, o Criador Supremo. Os
três avatares que compõe a força superior são considerados os mais
importantes para a teologia hinduísta.
“Aqui no ocidente costuma-se associar as
representações das divindades a ‘deuses-homens’. Na verdade, Brahma,
Vishnu e Shiva são todos símbolos das energias atribuídas ao mesmo
criador, Brahman”, explica Margareth Gonçalves, praticante de Suddha
Raja Yoga e fundadora do Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala. Por
essa razão, o hinduísmo é considerado, ao mesmo tempo, uma expressão
mono e politeísta, pois sustenta a ideia de que a força única e criadora
do universo é composta por diversos princípios, que são adorados como
deuses.
Com aproximadamente 4 mil anos de
existência, o hinduísmo ocupa hoje o posto de terceira maior religião do
mundo, ficando atrás apenas do islamismo e do cristianismo. Em termos
gerais, essa filosofia abarca diversas tradições e variações que
resguardam afinidade com os aspectos culturais e psicológicos dos
diversos povos em que é manifestada. “O conceito do hinduísmo é capaz de
abranger qualquer ciência, filosofia ou crença. Ao contrário da nossa, a
cultura oriental não separa esses elementos, de forma que um não
sobrevive sem o outro”, afirma Margareth.
Roda de samsara
Shiva, aquele que remove a ignorância, destrói o ego e oferece a luz do conhecimento, também é considerado o ‘dançarino cósmico’. Segundo a lenda Shiva Nataraja, é por meio de uma dança, chamada Tandava, que a divindade conserva e ‘destrói’ o universo. “Ao lado de sua vertente feminina, a Parvati, ele mantém o equilíbrio entre o movimento, a criação e a energia, em todos os sentidos”. Por essa razão, explica Margareth, o caráter feminino é tão importante para o hinduísmo, pois representa a completude das divindades.
Shiva, aquele que remove a ignorância, destrói o ego e oferece a luz do conhecimento, também é considerado o ‘dançarino cósmico’. Segundo a lenda Shiva Nataraja, é por meio de uma dança, chamada Tandava, que a divindade conserva e ‘destrói’ o universo. “Ao lado de sua vertente feminina, a Parvati, ele mantém o equilíbrio entre o movimento, a criação e a energia, em todos os sentidos”. Por essa razão, explica Margareth, o caráter feminino é tão importante para o hinduísmo, pois representa a completude das divindades.
Acredita-se que só por meio do
conhecimento e da meditação é que o homem torna-se liberto de seus
carmas negativos e ciclo de renascimento e morte, princípios de
sofrimento que regem a roda do mundo (samsara). “Shiva representa o
rompimento com as manias e os dogmas. Aqui no ocidente é muito comum
ouvir que ele é o ‘deus da destruição’, pois seu legado nos indica o
caminho para exterminar o ego, a ilusão, o desamor e, principalmente,
nos ajuda a mudarmos para melhor”, diz a sacerdotisa."
Espero que tenham gostado do texto escolhido a dedo para o fim de Janeiro.
Um forte abraço
José Capatti