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sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Eremita é aquela parte de nós que mergulha no silencio interior, atento aos diversos ataques do mundo.

"A sabedoria não
depende do tempo que caminhamos e sim da atenção aos passos que já demos."
"Somos andarilhos na estrada do tempo, livres nos atalhos da vida, porém, acorrentados pela loucura de nosso próprio juízo."
O Eremita
 

O Louco aprendeu com a Justiça que a vida busca seu equilíbrio no aprendizado e, neste momento, o Louco percebe o conteúdo do que leva em suas costas. Aquela bagagem que ele não abandona, mas que nunca teve a curiosidade de ver é, na verdade, o passado que ele acumulou em suas andanças, uma sabedoria da qual ele não tinha consciência, mas que, agora, se revela como amadurecimento. Ao encontrar o Eremita ele compreende que a bagagem se torna a lanterna (luz) de seu caminho.

O Eremita é aquele que mergulha dentro de si mesmo para compreender suas experiências e encontrar a sua Luz interior.
Sabe que não é mais inocente e nem criança para cair e levantar sem sentir a dor de sua queda.


Ele não é mais o Mago fazendo suas magias e nem o Hierofante ocupado com a moral religiosa. Ele já é elevado com a iluminação divina dentro de sua alma, ajudado por sua própria compreensão. Esta Luz vem de seu contato consigo mesmo, onde atinge a consciência de sua importância cósmica, no encontro de algo que sempre buscou.

Sua lanterna representa a Luz de suas experiências passadas que servem para iluminar o caminho que ainda percorre, assim, sua sabedoria o defende de cair nos mesmos obstáculos e tropeçar nas mesmas pedras, já conhecidas em suas estradas. Mesmo assim precisa ser cuidadoso, pois há os que tentarão extinguir a Luz que adquiriu com sua espiritualidade, colocando mais obstáculos e tentando desviá-lo de seu caminho reto.



Seu manto é a sua proteção dos frios ventos do ceticismo adverso e das dúvidas materiais que possam assaltá-lo. Também é o manto com que esconde seu profundo conhecimento das verdades mais elevadas, dos olhos dos profanos.

Como disse Buda: “A Luz do meio-dia da Verdade não é para as folhinhas tenras”.

Diferente da reflexão passiva da Papisa, o Eremita é aquela parte de nós que mergulha no silencio interior, mas que continua caminhando atento aos diversos ataques do mundo. É a sabedoria que trazemos em nossa Lenda Pessoal e que ninguém pode carregar por nós. É a solidão de nossa vivencia pessoal que só nós mesmos podemos compreender.
 
O Eremita é Luz trazida de passados distantes e do contato que temos com o universo em nossa ascensão espiritual.

No nível Iniciático, o Eremita simboliza nossa sábia caminhada, plena em Luz e maturidade interior. É o nosso Louco que agora caminha sabendo para onde ir e o porque está indo neste ou naquele caminho, cuja jornada objetiva sua evolução em busca da Luz Maior.
É o Guia que nos mostra o caminho, mas não caminha por nós.

No nível psicológico, ele representa o nosso amadurecimento capaz de superar as dúvidas e os medos. É aquela parte de nós que já percorreu as dores das escolhas mal feitas e que agora reflete antes de escolher o atalho mais difícil. É a vontade e a força de continuarmos, mesmo que o tempo nos tenha tirado a juventude.
É a Verdade que dá base à Magia, pois nasce, não do conhecimento literal e sim do conhecimento espiritual.


No nível divinatório representa positivamente:



* A busca do conhecimento feita em silêncio e com prudência.
* Transmissão soberana da verdade.
* Ordem, sistema de investigação, estudo.
* Intuição.
* Aptidão para fazer descobertas.
* Meditação.
* Razão.
* Trabalho mental.
* Sabedoria.
* Proteção.
* Introspecção.
* Prudência.
* Trabalho paciente e profundo.
* Ajuda.
* Silêncio, discrição.
* Conselho prudente.
* Reserva, experiência de vida.
* Análise de desejos.
* Esperança.
* Celibato.
* Estabilidade.
* Cumprimento de promessa.
* A voz do Eu Interior.
* A chama do conhecimento que existe em cada um.
* Compreensão de si mesmo.
* O atalho evolutivo.
* Sabedoria e maturidade.
* O conhecimento que transmuta.
* Lei da sabedoria. 



O Louco, então aprende com o Eremita que seu passado é a Luz de seu presente e que pode guiá-lo com mais segurança. Isso deixa o Louco em conflito com sua natureza livre e inocente, sente que perdera o direito a sua própria loucura, tão característica em sua personalidade. Mas segue adiante e encontra a Roda da Fortuna e com ela mergulha em mudanças insólitas.